Assim moro eu em meu sonho.
como um peixe no mar.
O que sou é o que vejo.
Vejo e sou o meu olhar.
Água é o meu próprio corpo.
simplismente mais denso.
E meu corpo é minha alma,
e o que sinto é o que penso.
Assim vou no meu sonho.
Se outra fui, se perdeu.
è o mundo que me envolve?
Ou sou contorno seu?
Não é noite nem dia,
não é morte nem vida:
é viagem noutro mapa,
sem volta nem partida.
Ò céu da liberdade,
por onde o coração
já nem sofre, sabendo
que bate sempre em vão.
(Cecília Meireles)
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